Alguém sabe porquê?

As auto-estradas em Portugal tinham, há décadas, um limite de velocidade mínimo e máximo, respectivamente, de 40Km/h e 120Km/h. Após a revisão do código da estrada, julgo que em 2005, o limite mínimo de velocidade para circular nas auto-estradas passou a ser de 50Km/h. As razões concretas não as conheço mas penso não estar errado se as atribuir ao aumento de velocidade dos veículos mais lentos, como tractores por exemplo. Mas se esta lógica é verdade para o limite mínimo não será também verdade para o limite máximo? Porque é que o limite máximo não foi alterado para 130Km/h ou mesmo 140Km/h? Não houve um aumento de qualidade e segurança nos veículos? Será que as multas… Não, não acredito que seja isso.

Deixo-vos aqui uma ligação engraçada: http://blog.dehumanizer.com/2007/01/04/multados-por-cumprir-a-lei-os-ridiculos-limites-de-velocidade/

Habilitações literárias dos gestores

Julgava eu, e mais alguém com certeza, que para ser gestor era necessário ter um curso superior. Com todos estes folhetins dos Freeport, BPN, BPP e do papel do presidente do Banco de Portugal nisto tudo, cheguei à conclusão que basta ter a quarta classe. Aliás, convêm ter apenas a primeira classe. É que, por cá, o papel de gestor é apenas receber um ordenado milionário e saber assinar. Responsabilidades? Ninguém lhes falou nisso quando lhes deram os empregos, portanto...

Portal da transparência adjudicado sem concurso

Podem consultar aqui: http://www.pplware.com/2009/06/29/portal-da-transparência-adjudicado-sem-concurso/

Alguém ficou surpreso ? Depois de tanta cumplicidade entre o governo e a Microsoft, só os mais distraídos... 
Como os nosso governantes são uns mãos largas, com o dinheiro do contribuinte, em vez de transitarem para sistemas de código aberto, dão rios de dinheiro ao Bill Gates. É verdade que existem sistemas operativos livres, como o Linux e que são até mais estáveis que o Windows. É verdade que existem centenas ou milhares de aplicações grátis em Português para Linux. É verdade que Governos onde o dinheiro é importante, como o Francês ou o Alemão e até o Brasileiro estão a mudar ou já mudaram para estes sistemas. Enquanto isso, o nosso (des)governo continua a firmar acordos com a Microsoft para fornecer Organismos Públicos. Mas o mais caricato é que, como as somas para legalizar todas os Organismos, Repartiçoes e Ministérios é astronómico e incomportável, a maioria deles funciona com Software pirata. Os senhores que vão às empresas verificar se o Software está legalizado, se calhar, não tem o deles legalizado. Não sabiam ? Então perguntem pelas licenças.
Consultem estas ligações para ficarem esclarecidos
http://www.webtuga.com/governo-frances-troca-windows-por-linux/
http://tek.sapo.pt/noticias/computadores/ibm_acorda_com_governo_alemao_introducao_do_l_871269.html
http://www.forumpcs.com.br/noticia.php?b=202757

P.S. Este artigo foi escrito em OpenOffice Writter num âmbiente Ubuntu Linux Português.
http://www.ubuntu.com/

Em quem votar?

O meu primeiro voto, como jovem inconsciente e idealista, foi no Ex.mo Sr. Dr. Pof. Anibal Cavaco Silva. Quando o vi inventar jovens Agricultores, Universidades privadas e dar subsidios a torto e a direito tive vergonha e nas eleiçoes seguinte tive de votar no Ex.mo Sr. Dr. Mário Soares. Votei apenas para tentar emendar o meu erro, pois não posso deixar de partilhar que sempre achei o Dr. Mário Soares o pior político que por cá passou. São opiniões. Acontece que, depois desta experiencia traumática, juntei-me ao maior partido de Portugal: a abstenção. Estava-me a marimbar para essa gente. Agora, já nos quarenta, reconheço que não nos devemos abster. É nosso dever votar contra o sistema PS / PSD! Mas o que eu mais ouço é: e em quem votar? E eu não percebo essa pergunta. Bolas, depois de 35 anos de governo PS / PSD ainda perguntam em quem ? Foram eles que arrastaram o país para este estado. Votem em todos menos nesses, que já conhecem. Os comunistas já não comem crianças ao pequeno almoço, pelo menos por cá; O BE tem um lider que já demonstrou ser dos mais cultos da assembleia da república; O CDS... bom, ainda não esteve no poder; Os verdes preocupam-se com o ambiente. Perdoem-me os outros de que nem sei o nome. Todos são alternativas. Mais, este governo confirmou que não podemos ter um governo maioritário.

O governo dá!

Vais ter relações sexuais?
O Governo dá preservativo!

Já tiveste?
O governo dá a pílula do dia seguinte!

Engravidou?
O governo dá o aborto!

Teve filho?
O governo dá o abono de família!

Estás desempregado?
O governo dá subsídio de Desemprego!

Estás na escola e não aprendes nada?
O governo dá novas oportunidades!

És drogado?
O governo dá seringas e subsidio!

AGORA...
Experimenta estudar, trabalhar, produzir e andar na linha para ver o que
é que te acontece!!!!!

O GOVERNO OFERECE-TE UMA BOLSA DE IMPOSTOS E RESPONSABILIDADES DAS QUAIS
NÃO TE CONSEGUES LIVRAR NEM NA REFORMA (SE A CHEGARES A TER)!!!!!

Estamos entregues à bicharada.

Isto está a caminhar a passos largos para o abismo! Assim vai o esbanjamento em Portugal, País de grandes tradições e brandos costumes...
Para quem não é de cá, ou não sabe o que são os "ajustes directos", eu explico. Como gastar o *dinheiro público* é uma coisa que deve ser feita com muita responsabilidade, a maior parte dos fornecedores das entidades públicas é seleccionada por concurso público, onde vários fornecedores apresentam a sua melhor proposta, sendo depois escolhida a "melhor" em função de vários critérios (preço mais barato, serviços apresentados, etc.) No entanto, como se imagina, isto é impraticável de ser feito para tudo o que uma câmara municipal, faculdade, universidade, etc. tenha que comprar. E portanto, há coisas que são compradas directamente, a quem eles muito bem entenderem... e aparentemente, ao preço que muito bem lhes apetecer!
E finalmente, graças ao *portal da transparência* http://transparencia-pt.org/ , podemos ver finalmente onde e como esse dinheiro é gasto.

Agora, expliquem-me, porque eu devo estar a ver mal, como é que se justifica: Gastar mais de 10.000,00 euros num GPS para um instituto público como o *ISEP *- quando nos dizem que não há dinheiro para baixar as propinas aos alunos.
http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=14722
http://osvelhotesdosmarretas.com/2009/01/desajustes-directos-em-portugal.html

Ao menos em *Alcobaça*, a felicidade e alegria as crianças fala mais alto: 8.849,60 € para a Concentra em brinquedos para os filhos dos funcionários da câmara! Crianças... se não receberam uma Nintendo Wii no Natal, reclamem ao Pai Natal, porque alguém vos atrofiou o esquema!
http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=10878
http://osvelhotesdosmarretas.com/2009/01/desajustes-directos-em-portugal.html

E ainda o misterioso caso do "Router de 400 euros comprado por 35.000,00 Euros.
http://abertoatedemadrugada.com/2009/01/dinheiro-publico-em-portugal.html

Mas, para acabar em pleno, "arriar a calça" na capital fica caro meus amigos! A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa gastou 5.806,08 € em 9072 rolos de papel higiénico. Ora, uma pesquisa rápida pela net revelou-me que no Jumbo facilmente encontro rolos de papel higiénico (de folha dupla, pois claro! - pois não queremos tratar indignamente os rabos dos nossos futuros doutores) por cerca de 0,16 Euros a unidade... Na Faculdade de Letras o melhor que conseguiram foi um preço de 0,64 Euros a unidade! É "apenas" quatro vezes mais do que qualquer consumidor consegue comprar - e sem sequer pensarmos no factor de descontos para tais quantidades industriais. É verdade que a faculdade é de letras e não de ciências... Se comprassem no Jumbo, teriam pago apenas 1.451 euros pelo mesmo número de rolos de papel higiénico.
http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=1297
http://osvelhotesdosmarretas.com/2009/01/desajustes-directos-em-portugal.html

Isto até me deixa doente... é mesmo deitar o dinheiro pela sanita abaixo (literalmente, no caso da Faculdade de Letras de Lisboa!)

Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE

Quem é Jorge Viegas Vasconcelos ? Era o presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores... Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregador, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego. Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!». E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?». Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica. Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos.
O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal eajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo. Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores.
Quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE?